A sua vida espraiou-se por 70 anos, entre 7 de maio 1944 e 1 de janeiro de 2015. A infância decorreu despreocupada, num meio familiar tradicional e culto, com fortes raízes em Leiria, onde regressava nas férias ao palacete do Barão do Salgueiro, casa da família, na qual pairava a memória de Eça de Queiroz e onde fora recebido o rei D. Luís, em visita à cidade.
A urbe, o seu património, e em particular o Castelo foram uma constante na sua obra, presentes desde os rótulos que desenhou para garrafas de vinho até às exposições que lhes dedicou, como diretor da Casa-Museu João Soares. Muitos dos seus trabalhos são, por isso, uma reflexão pessoal, num dilema para não se tornar num “Personagem [que] Perde a Terra Por um Fio”.